No dia que São Paulo parou...eu tambem parei para refletir...e, sentí e chorei..fiquei quieta em meu quarto e escreví, para desabafar...o poema abaixo:
SINTO UM SUBITO VAZIO ASSIM
COMO SE VAGASSE NO ESPAÇO
COMO SE FLUTUASSE SEM FIM
E GRAVITASSE UM CANSAÇO
ABSORTA, EM TORNO DE MIM
AI! QUE TRISTEZA INFINDA
QUE TEIMA E PERSISTE AINDA
QUE BATE E REBATE INSANA
EXPOSTA EM FUNDA SINA
EM TRANSE VAZIA E PROFANA.
SINTO TANTAS DESVENTURAS
COMO SE TUDO SE INVERTESSE
COMO SE TUDO SE ACABASSE
E DE QUE NADA MAIS RESTASSE
APENAS ESCOMBROS, LAMÚEIAS...
E PORQUE TUDO É DISTANTE?
E PORQUE NÃO SOMOS TANTOS?
PORQUE SOMOS SÓ INSTANTES?
PORQUE SOMOS DISSONONTES?
PORQUE SÓS E INCONSTANTES?
SÓ QUERIA QUE ME SOLTASSEM
DOS GRILHÕES DESORDENADOS
DAS COISAS INACABADAS
DOS GRITOS ENCURRALADOS
DESTA VIDA ACABRUNHADA...
E PARA ONDE VOU, MINHA GIRA?
DE TANTO VER-ME PERDIDA
DE TANTO ME VASCULHAR
DO LABIRINTO ESTENDIDA
NO CHÃO DEITO A ROLAR-ME.
E COM TODOS OS MEUS SENTIDOS
TÃO ESCUROS E REPRIMIDOS
TÃO FRIOS E SUFOCADOS
PARALIZADOS E RETINIDOS
ASSIM O FORAM OFUSCADOS.
Esporte e Lazer
